Wednesday, September 18, 2013

205: Biliões esbanjados na NHS Inglesa

Benfiquista anti-capitalista


O artigo infra em inglês acabado de publicar na BBC mostra a gestão caótica nos  Serviço Nacional de Saúde NHS em Inglaterra.

Fizeram um contrato como uma empresa digital para informatizar e upgrade o sistema informático e isso deu um buração dos diabos. 

Como os computas recusam a modernização, a ministrada anda a panicar com a fatura e querem voltar atrás. Diz o Tribunal de Contas (Public Accounts Committee para os aficionados) que isso já é o fiasco financeiro do século na NHS: uns 10 milhões de libras esterlinas a chupar ao contribuinte. 

Cuidado com as amostras de sangue, não lhe chupem eles tudo aos quartilhos para vender na China como gazóleo. Lol !

E isto não inclui a rescisão do contato com o IT contractor nem o que passa a escorregar por debaixo da mesa: Sabe, estas contas são sempre calculadas por baixo, pelos mínimos. Quem sabe a soma total disso tudo? Nem Deus! Além disso, Deus já desistiu de nós, fartou-se de nós e aposentou-se. Vão chatear outro, teria ele pensado, e com razão. 

O artigo relata que há por ali muita incompetência profissional na gestão dos Terabaites e Discos Rígidos e aquilo anda tudo as encontrões. Ainda lhe vão fazer um scan à mioleira e aparece lá um cérebro de mosquito no ecrã! O projeto distina-se também a tirar scans digitais com toda a maquinaria, éks- reis à caixa d´ar, ultrasaunds aqui e ali, émárais aos ossinhos todos e à mioleira, e sabemos lá que mais émárais.

Mas parece que têm escaneado mais as contas bancárias dos contribuintes do que os costanados dos pacientes. Fica mais barato e dá mais lucro. 

O desafio da Europa Comunitária também reside na crença dogmática em que só o privado é bom e que o Estado é porcaria e deve ser eliminado. Nisto, a Europa segue a filosofia liberal secular do Reino Unido. Todos sabemos que o Reino Unido tem serviços coletivos  públicos que funcionam e muito tem contribuído para a saúde corporal, mental e económica da população. 

Mas isso nunca foi do agrado do capital privado, e este tentam by crook and hook entrar no setor público e aspirar o máximo de cacau que ande por ali à solta ou fechado nos cofres. Eles sabem que tem a password, eles próprios. É só abrir,  meter no saco e levar para a van da Brink estacionada à porta. Isto não é roubo porque não há arrombo de portas,  nem pistolas apontadas, nem ameaças a ninguém.Tudo légal, meu! Jóia! Só que o dinheiro desaparece na mesma e o contribuite tem de apertar o cinto e trabalhar mais horas se as encontrar se quiser beber mais uma pinta de Foster. 

Depois essas empresas privadas a comer do Estado e do contribuinte vão distribuir milhões à Top Brass de Fat Cats que andam por ali a parasitar os conselhos administrativos.

Também sabemos que os funcionários públicos sofrem de uma epidemia chamada funcionarite aguda. Não vamos agora exagerar e dizer que não há por ali muita gente competente, séria, e a fazer bom trabalho. Isso seria ideocia e fundamentalismo da nossa parte. 

Todavia, saia à porta rua, entre no café ali ao lado e pergunte as aventuras que occorreram aos seus amigos nos serviços públicos. Alguns até dizem: o melhor seria rebentar cm aquilo tudo. Muitos funionários competem para qual é o que faz menos ou o que faz melhores piadas no power point contra os governos que os atacam. O bom vagar faz culheres.  

Em Portugal, os serviços públicos  melhoraram muito com a democracia, mas ainda precisa de mais limpeza daqueles caquéticos, vestígios de um passado fascista e anacrónico.  Muitos daqueles académicos ainda foram formados nas universidades fascistas e têm sido um desafio  adaptarem-se ao mundo moderno mais livre, incerto e de areias movediças. Meu Deus, isso ainda vai levar mais um século de confusão nos neurões!

Queremos dizer com isto que os destruidores do serviços públicos são os próprios funcionários e os investidores privados. 

Nós no team do Benfiquista somos pragmáticos. Nada de crenças parvas sem serem testadas e retestadas constantemente. Muitas verdades de hoje serão mentiras amanhã. Mudam-se os tempos, mundam-se os ventos, mudam-se as verdades, mudam-se as vontades, mudam-se as mentes. Isto já dizia o Camões, mas como mestre da lírica e da prosa, o grande mestre dizia-o de forma sublime, forma essa a que nós nunca chegaremos.

É preciso tirar lições das experiências passadas, depois tomar decisões também pragmáticas, não fixas, e  deixar sempre margem para manobra. Se forem muito rígidas, partem. Praticamente, todos os produtos têm alguma elasticidade, ou têm portas, ou são transparentes nem que seja aos raios X ou aos hackers da NSA ou GCHQ de Cheltenham. Ponha-se fino com as águas turvas e substâncias opacas como por exemplo os dentes dos tubarões de quatro patas e com escamas escorregadias como a dos peixes. 

Vamos agora a exemplos. Quando a Portugal Telecom tinha o monopólio de tudo quanto circulava pelos fios hertzianos, aquilo era uma carestia dos diabos. Não havia concorrência mas também não havia acionistas. A carestia devia-se ao fato de Portugal ter sempre sido um país com uma burocracia em  proporções epidémicas. Era preciso pagar essa gentinha toda e outro tanto ou mais para a corrupção. Todos os tostões eram poucos, atendendo ainda ao fato do desempenho medíocre do Estado na coleta de impostos. 

Além disso, o sistema social português foi sempre muito fraquito, e melhorou  um pouco depois da revolução dos cravos e da entrada na União Europeia.

Porém, falando da abertura das telecomunicações ao privado, será necessário ter muito cuidado com os cartéis. Os tubarões não se comem uns aos outros enquanto houver peiximos mais tenros e mansinhos para meter entre os dente. Os preços deles não são muito diferentes. Quando há fiferenças enormes, desconfie e esteja atento ao seu direct débito, não lhe vão eles cobrar por chamadas que você não fez.

Desde a privatização dos combóios ingleses, isso foi uma bronca dos diabos. No ano dois mil ou mais adiante havia um descarrilamento de comboios quase todas as semanas. O descarrilamento de potters Bar foi o pior. Os parafusos do carril estvam praticamente soltos e ninguém tinha a certeza qual tinha sido o empreiteiro entregue àquilo. Sabiam que  tinha andado por ali alguém agarrado ao carril. Uma desorganização incrível. Depois tiveram de pagar indemnizações  aos milhões às vítmas sem incluir o sofriemnto. Esse dinheiro ainda sobrava se tivesse sido utilizado na reparação da via.

E mais, sabia que os bilhetes de combóio em Inglaterra são mais caros do que os de avião? Aqui até pensamos que não e preciso metáfora. Não acredite em nós, consulte os preços na internet e deppois diga alguma coisa. A companhia dos transportes ferroviários foi despedeçada e vendida às tiras aos privado. De vez em quando está uma à venda. 

Passe por Victória Station e veja se há algum anúncio no pára-brisas de alguma locomotiva.  Faça uma proposta depois de perguntar ao Snowden ou à NSA Yankee quais são as propostas dos outros. Uma mulher bem  informada e formada vale por dois homens. Lol!

Os autocarros de Londres depois de  serem vendidos ao desbarato ao privado pela PM Thatcher, permitam esta liberdade, andavam a cair aos bocados até entrar o Ken Livingston para Governador de Londres.  Ele modernizou praticamente toda a frota e pôs alguma disciplina no cumprimento dos contratos nessas empresas de exploração dos buses. 

Foi também uma altura em que o Tony Blair foi Primeiro Ministro e investiu à grande nos serviços públicos, os quais pouco tinham progredido desde a Rainha Vitória se permitem esta expressão metafórica. Estava tudo num caos e  a rebentar pelas costuras. Isto foi quase um NEW DEAL de Roosevelt durante a crise económica dos anos trinta, do crash da Wall Street em 1928.

Se perguntarem aos franceses o que pensam do privado, eles dirão que os combóios seriam ainda carroças e a indútria aeronáutica, espacial e nuclear ainda estariam hoje na idade da pedra se não fossem do Estado.

Em suma, pensamos que a privatização de certos serviços públicos são nocivos para a sociedade em geral. Com saúde privada não há saúde, com justiça privada não há justiça, com polícia privada  há cada vez mais ladrões, mais brutalidade, violência e vigilantismo, como se não houvesse já desses em demasia sobretudo lá pelos  planaltos da alta finança, com prisões privadas há cada vez mais detidos.

E acrescentamos:  se o Partido Conservador ganhar as eleições em 2015 ainda vão colocar contadores nos narizes das pessoas para pagarem o  ar e outro na veia aorta para pagarem o transporte do sangue, e outra no tubo de escape para você ter cuidado com a pegada carbónica Co2. Imagine depois se você não pagar as bills e eles lhe fecharem os contadores! 

Isto será o  UK Plc aplicado à letra e com rigor. Mas o melhor para estas empresas  é omercado da China e da Índia. Vejam como eles resolveriam num ápice o problema da demogracia desses países sem necessidade de ...  ninguém. 

Terão também um governo privado. Virtualmente já o é agora, visto que  metade deste  governo serve essencialmente dos interesses dos privados e do grande capital.



NHS IT system one of 'worst fiascos ever', say MPs

Patient records in a GP surgeryMinisters want to make the NHS paperless

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Taxpayers face a rising, multi-billion pound bill for a failed government IT project, MPs have said.
A report by the influential Public Accounts Committee (PAC) concluded an attempt to upgrade NHS computer systems in England ended up becoming one of the "worst and most expensive contracting fiascos" in public sector history.
The final bill for abandoning the plan is still uncertain, the committee said.
Ministers initially put the costs of the NHS scheme's failure at £6.4bn.
Officials later revised the total to £9.8bn, but the PAC said this latest estimate failed to include a price for terminating a contract with Fujitsu to provide care records systems and other future costs.
'Ill-fated'
The project was launched in 2002, with the aim of revolutionising the way technology is used in the health service by paving the way for electronic records, digital scanning and integrated IT systems across hospitals and community care.
Hit by technical problems and contractual wrangling, it was effectively disbanded by the government two years ago.
MPs on the PAC said some outstanding costs remain and committee member Richard Bacon said: "The taxpayer is continuing to pay the price for the ill-fated national programme for IT in the NHS.
"Although officially dismantled (it) continues in the form of separate component programmes which are still racking up big costs."

Start Quote

This saga is one of the worst and most expensive contracting fiascos in the history of the public sector”
Richard Bacon MPPAC member
He highlighted a government decision to renegotiate £3.1bn worth of contracts with outsourcing company CSC, charged with setting up a care records system known as Lorenzo in the North, Midlands and east of England.
"Despite the contractor's weak performance, the Department of Health is itself in a weak position in its attempts to renegotiate the contracts," Mr Bacon said.
"The department's latest estimate of £9.8bn leaves out the future costs of Lorenzo or the potential large future costs arising from the department's termination of Fujitsu's contract for care records systems in the south of England."
The report added that delays and problems with changes to benefit payments - another huge government IT project - showed ministers had not "learned and applied lessons" from the fallout.
"This saga is one of the worst and most expensive contracting fiascos in the history of the public sector," Mr Bacon added.

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