Thursday, July 11, 2013

162 Plano Marshal para Portugal

162 benfiquista, benfiquista

Republicamos extrato de um artigo publicado em 2011. Parece que só anos depois o PR de Portugal está agora timidamente a sugerir um Governo de Salvação Nacional. Agora que  parece não haver muito que salvar. O Navio afundou e eles continuam com cegueira política, in denial, a não querer ver a realidade.  

Em política é preciso ser visionário, e para isso é preciso possuir um excelente background em história e visão para preparar o futuro das populações que representam. Se tivessem essa formação, quer dizer, se fossem políticos bem preparados e não simples aventureiros, especialistas em demagogia, talvez o país não tivesse caído no abismo onde se encontra presentemente. E se não fosse a ajuda da Europa e do Fundo Monetário Internacional andaria lá tudo morrer de fome.

Esses que estão contra Troica então que acabem com ela e com os seus juros a 1 ou 2 por cento,  e recorram aos capitais privados a 7, 8, 9, 10 por cento de juro! 


FRIDAY, DECEMBER 30, 2011


43. PLANO MARSHALL PARA CRISE EM PORTUGAL


LITTLE PORTUGAL  - LONDON  UK

Da crise Portugal-Europa
17 Quanto ao convite à imigração feito pelo Primeiro Ministro Passos Coelho, uns dizem que é uma atitude derrotista e outros dizem que se mostrou realista. O benfiquista não comenta. Porém, a imigração que nos anos 60 fugiu à fome de Portugal e ao trabalho  mal remunerado, nunca tiveram voz para se queixarem nem sequer lha davam. Ficaram caladinhos. 

O País era como um campo de concentração, mas as pessoas fugiam para França e até chegavam a demorar um mês para chegar ao destino. Partes do percurso era feito a pé de noite pelas montanhas, para não serem apanhados pela guarda civil espanhola e devolvidos às autoridades de Portugal. O regime salazarista corria atrás destas pessoas como cães de caça para os impedir de sair do País. Não conseguiram reter o pessoal, e aquando da revolução do 25 de Abril de 1974, já tinha fugido tudo, apenas ficaram os privilegiados do regime e pouco mais. Reconheceram depois que a imigração fora boa para quem ficou,  para a maioria que partiu e para o país.

18  Tudo indica que este novo fluxo migratório se compõe de pessoas com formação académica ou outras, mas qualificada. E quem não se qualificou, certamente que esbanjou as oportunidades porque  Portugal fez muito neste sentido. Mesmo que tivessem só tirado o 9º ano, já é um bom patamar educativo de partida. Quem não tirou isto falhou redondamente, seja qual for a razão, mas falhou e isto é o mínimo exigido para lançamento na vida e cidadania, caso abra os olhos e compreenda como funciona o mundo que o rodeia.

Benfiquista não incita ninguém a imigrar nem a não imigrar, tem de ser um acto voluntário. Todavia, o benfiquista segue a corrente de pensamento que advoga que todo o cidadão português deveria passar pelo menos um ano no estrangeiro na vida activa, a fim de abrir horizontes espaciais, temporais e mentais. Isto seria uma vacina contra a insularidade atrofiada, uma mais valia para o currículo pessoal e bom para o país.

19 Tivemos no passado uma imigração com grandes carências educacionais, sofreram e sofrem muito com isso. Presentemente as novas gerações têm formações, falam línguas estrangeiras ou têm grandes capacidades para aprenderem. Nem ninguém as impede de sair do país nem de arranjar emprego num país da União! No entanto queixam-se porque sabem-se expressar e têm acesso à comunicação.  Esta classe não saía muito do país, era privilegiada, vivia bem,  mas agora com o país em crise também não há pão para esta gente  e sentem-se revoltados, porque ou saem ou vão entrar em dificuldades. Não têm muitas opções senão meterem-se à viagem, e isso implica sempre aventura, dúvidas, insegurança, o sofrimento do afastamento das famílias, dos amigos e de lugares que conhecem e gostam.

20 O Benfiquista termina com uma nota positiva e de esperança. Portugal precisa de políticos carismáticos, inspiradores e capazes de mobilizar a população em torno de um Projecto de Salvação Nacional no qual  as pessoas acreditem. Para isso é preciso honestidade, coragem política e grande poder de comunicação. A situação do país é catastrófica e é preciso recorrer a mensagens fortes, convincentes e honestas. 

Antes de tudo é imperativo proceder à limpeza da casa Portugal, seja, banir a corrupção e reavaliar certos salários, reformas e outros privilégios que acorrentam o país. Propõe-se que  o subsídio de desemprego seja reduzido para  o rendimento de reinserção social para todos os desempregados, mas atribuído por um período indeterminado, desde que provem que andam genuinamente à procura de emprego. Terão ainda assistência na renda da habitação e auxílio básico e suficiente para as crianças. Isto porque se as pessoas não têm o suficiente para  sobreviverem, ninguém as consegue mobilizar para nada. Em seguida, desenvolver um grande projecto educacional e de requalificação da população.

21 O projecto educacional não só desenvolve novas aptidões na população, uma mais valia de grande utilidade e prazer para as pessoas e para o país, mas também dá esperança, ocupa as formandas/os  e as formadoras/es. Neste projecto convém utilizar o tecido associativo para provisão destes serviços de formação, porque são outlets de proximidade e também diminui a índole formal das escolas. 

 Seria importante que os nossos políticos lessem um simples resumo do New Deal do Presidente Roosevelt nos anos 30. Com isto não conseguiu relançar a economia, porque esta parece ter os caprichos da chuva, cai quando quer, mas deu esperança, ocupou as pessoas, pôs tudo em movimento com um projecto de renovação de infra-estruturas,  financiou também as artes e tudo. Pelo menos  as pessoas ganhavam para comer. E isso não tinha sido o caso quando a crise rebentou em 1929 com a queda da bolsa de valores  -- wall street crash of 1929-- com o presidente Hoover na White House. Foi porém uma fase muito difícil para muita gente.

22 Last but not least,  lembremo-nos de que Portugal já existia antes de 1143, embora com outro nome, existiu até agora e continuará a existir no futuro com mudanças. Todos sabemos que o projeto Europeu também consite em desenvolver projetos de proximidade com regiões fronteiriças. Ultrapassará esta fase complicada. Seria todavia no interesse de Portugal continuar na zona Euro, mas com novas regras, e sempre aberto ao mundo, especialmente aos países Lusófonos, como é a nossa vocação, tradição  e interesse. 

PS: 
William Hague, membro do núcleo duro da tribo “thatcherite jingo” dos eurocépticos, e  ministro UK dos negócios estrangeiros, disse o seguinte no programa televisivo de Andre Marr:

 Mr Hague said that greater integration would be needed to make the euro work.
"It does require closer fiscal integration, it does require closer political integration - it can't work without that," he said.
"When Germany is in a currency like that it imposes on the others Germanic discipline if they are going to be able to stay in it for the long term.  In BBC News, 19 Feb 2012.
 O Benfiquista pede a estes copycats que tenham a humildade de revelar o Benfiquista de NampulaL como think tank e fonte de inspiração. Lol. Não é preciso passar por Harvard para descobrir que o problema do Euro reside na falta de UNIÃO FISCAL E  POLÍTICA. Os USA têm regiões pobres e isso não atrai ataques ao Dollar. Todavia,  atraiu a oferta de ajuda do Presidente da Venezuela, Hugo Chaves,  ao pobres de Luisiana quando devastada pelo furacão Katrina. 

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