Wednesday, April 30, 2014

365. RENDAS DE HABITAÇÃO: O ROUBO DO SÉCULO

O TEAM CARTESIANO NUM SQUAT

Até que enfim aparece um tema inteligente a ser lançado na política. Quase todos os outros tópicos trazidos à ribalta pelos partidos políticos, particularmente em campamnha eleitoral, são puramente bulshit.

O Partido Labour surge agora a prometer mais proteção ao inquilino. A ideia é boa, mas o Partido Tory já está revoltado contra tal ideia. Obvioulsly. Apesar da intenção do Labour ser boa --- certamente que irá ajudar muita gente ---, as suas propostas ainda não chegam para atacar o toiro pela frente e domar o animal senhorial.

O problema escandaloso do preço da habitação no Reino Unido, especialmente em Londres, só será resolvido quando houver mais oferta de habitação. Promulguem as leis que quiserem, os senhorios ficarão sempre bem e se irão adaptar e procurar subterfúgios para dar uma volta às leis favoráveis ao inqulino. Já dão agora.

O grande dilema do Partido Labour Trabalhista reside no facto de também ter muito senhorio e quadros senhorios no seio do Partido e estes  votam. O Partido Labour é um Partido burguês, mas ainda tem alguma coisa de trabalhador, enquanto que o Partido Conservador é um Partido de milionários para milionários. 

Também sabemos que se o Labour só tomasse medidas em favor da classe operária, este Partido nunca punha os pés no governo, porque a classe trabalhadora não vota.

 Esta gente, tanto no Reino Unido como noutros países é politicamente analfa e não participa na eleição de ninguém nem no Reino Unido nem em parte alguma. Portanto não interessam muito aos gestores dos países. Nem podem interessar por razões que expusémos.

E soluções para este défice em democracia  não existem de momento. A maioria das populações não têm consiência política, são animais, e nisto ninguém poderá fazer nada a curto prazo.

Continuará assim, torto, e quem se lixa é própriamente essa gente, continuará a resmungar, e também uma fração pequena da classe operária, inteligente, porque não são todos burros, e votam. Só que são tão poucos votos que não dá muito para  ser  tomado em consideração pelos governantes e fazê-los legislar mais em prol dessa classe menos endinheirada.

Por outro lado, a classe burguesa e milionária votam todos e até iriam votar duas ou três vezes se pudessem. E até irão, quem sabe? Estes conhecem bem o poder do voto e quem melhor lhes defende os interesses.

Aqui não há voto flotante, está todo bem assente e não voa de um lado para o outro, ao sabor das palavras sereias, enganadoras dos políticos populistas, mas falsos como judas.

As massas populares continuam massas amorfas, ensonças e ignorantes. É mesmo por isso que  a classe política ri à gargalhada destes saloios papa moscas, e ávidos em apunhalar os elementos da mesma classe mas ainda em pior situação, tais como os imigrantes, os doentes e os desempregados.

 São estes temas que os políticos populistas tais como os UKIPs e Tories radicalizados lhes lançam na boca para engolirem e lhes envenenar as tripas e o fel. E esta gente papa isto tudo, aderem e vociferam. Até parece o circo da antiga Roma, a lançarem os leões para despedeçarem  os pobres gladiadores. E a polulaça a aplaudir!

O Labour poderá não fazer muito pela população inquilina, mas ainda fará alguma coisa. O partido Tory-Conservador não só não ajudará nada, mas também agravará as condições de quem arrenda casa. Estes parecem tubarãos de dente afiado sempre à caça de tudo quanto cheira a monim. Se puderem, rapam tudo e não deixam nada, nada para ninguém.

Quando passámos por Londres, vimos aglomerados de habitação social por toda a parte. As rendas são menos de metade dos preços praticados no mercado privado. Só que não só não se tem construído mais habitação social, como também se tem vendido aos poucos a que existia.

Isso conduziu a uma situação de penúria de habitação, e continua e os preços das rendas ou aluguéis continuam igualmente a subir  em espiral, forçando a população a viver em situações desumanas num dos países mais ricos do mundo.

Portanto só a construção de mais habitações e a colocação das mesmas massivamente no mercado, poderá forçar a rendas down.  As medidas remendo apesentadas pelo Labour são boas, mas não trazem verdadeira solução ao problema. 

Também sabmos que complicando a vidas aos mais pobres, isso fá-los-á  pensar duas vezes antes de fazerem mais filharada, porque não têm meios para isso. Tem havido cortes enormes no apoio à família nos governos anteriores, porque o Reino Unido precisa mais de qualidade de população e não de quantidade.

Até  há bastante recentemente, uma mãe solteira tinha direito ao Rendimento Mínimo até a criança atingir os 16 anos de idade. Este direito tem vindo a ser   reduzido gradualmente e será agora até a criança atingir cinco anos de idade ou  menos. E ainda tinham direito a casa social e renda paga e dinheiro para criarem as progenituras.

No Sul de Londres havia uma taxa elevadíssima de jovens grávidas pelo santo espírito e ninguém casava, mas não paravam de engravidar, sempre pelo santo espírito. Entrava pela chaminé como o Santa Klaus!

A criação de dificuldades nas populações pobres em tudo, sobretudo na tola, é um novo tipo de política workhouse dos tempos modernos. Veja na wikipedia o significado e depois pense nas implicações e razões das políticas em curso no Reino Unido e fora. (em altura certa escreveremos também sobre o Tribunal Família e sua ação neste sentido).

Porém, é bastante audacioso e de louvar o Partido Labour Trabalhista por trazer  um  verdadeiro tema  à campanha eleitoral, o qual  mexe com o bem-estar das pessoas. A good try.


Annual rent-increase cap proposed by Labour

Terraced housingLabour says nearly 95% of estate agents charge some form of rental fee
A future Labour government would cap rent increases in the private sector and scrap letting fees to estate agents to give a "fairer deal" to tenants.
Ed Miliband will pledge to end "excessive" rent rises when he launches his party's campaign for local council and European elections.
An "upper limit" on rises will be put in place based on average market rates.
The Labour leader will also call for longer, securer tenancies and rental charges of up to £500 to be axed.
The Conservatives said evidence from other countries suggested rent controls lead to "poorer quality accommodation, fewer homes being rented and ultimately higher rents".
Speaking in north-east London, Mr Miliband will say a "cost-of-living crisis" affecting millions of families will be at the centre of Labour's four-week campaign before the polls on 22 May.
'Generation rent'
A generation of people have been unable to get on the housing ladder due to spiralling prices and yet the needs of long-term tenants have too often been neglected, he will argue.
"'Generation rent' is a generation that has been ignored for too long," he will say.

Start Quote

We need to deal with the terrible insecurity of Britain's private rental market”
Ed MilibandLabour leader
"Nine million people are living in rented homes today - over a million families. That is why a Labour government will take action to deliver a fairer deal for them too."
Too many tenants, Mr Miliband will argue, are vulnerable to being asked to leave their properties at short notice under current rules - sometimes because a landlord wants to put the rent up.
Citing figures suggesting rents have risen by 13% on average since 2010, equivalent to £1,020 a year, Mr Miliband will say tenants need greater protection and predictability regarding their monthly outgoings.
Under Labour's plans, landlords and tenants would agree initial rents based on "market value" and, thereafter, a review could only be conducted once a year.
While landlords would still be able to increase what they are charging following changes in market conditions, there would be an "upper ceiling" to prevent rent hikes out of step with the overall market.
The threshold would be based on an industry benchmark of average rent rises. The Royal Institute of Chartered Surveyors is currently considering what an appropriate figure would be.
Tenancy agreements
Estate agents would also no longer be able to charge a letting fee for renting out properties in addition to requiring a deposit and the first month's rent upfront.
Although fees vary widely at the moment, Labour said tenants were having to pay an average of £355 each time they moved into a new property.
Rules on tenancy agreements would also be changed to give more certainty to tenants wanting to remain in their properties for an extended period.
As now, a tenant would be able to terminate a tenancy after the first six months, with one month's notice.
Properties for rentEstate agents will no longer be able to charge rental fees
But a landlord could only do so with two months' notice and if certain conditions were met, such as the tenant failing to meet their rental payments, engaging in anti-social behaviour or breaching their contract in other ways.
After the six-month probationary period, contracts would automatically run for a further 29 months.
During this period, landlords could only ask tenants to leave for a breach of contract, or if they wanted to sell the property or needed it for their own use, not as a way of raising the rent.
Students and business people on flexible contracts would still be able to request shorter tenancies while existing contracts for buy-to-let properties agreed before the changes took place would be honoured.
Under current rules, tenants already have the right to challenge "excessive" charges and to be protected from "unfair eviction and unfair rent".
Conservative Party chairman Grant Shapps said the Labour plan was a "short-term gimmick" and accused the opposition of "political tampering".
"The only way to raise people's living standards is to grow the economy, cut people's taxes and create more jobs. We have a long-term economic plan to do that, Ed Miliband doesn't."
On Europe, Mr Miliband will claim that Labour's priority will be to change the way the European Union works rather than seeking to leave.
Labour has promised an in-out referendum on the UK's membership of the EU if further powers are transferred from London to Brussels, but admits this is "unlikely" during the next Parliament.

More on This Story

More Politics stories

RSS