LITTLE PORTUGAL - LONDON UK
Da crise Portugal-Europa
1 Reagindo à
crise da economia portuguesa e europeia, e sem entrar em jargão económico só
para aficionados, a Folhinha tentará dar mais a visão do sentimento
popular do que a dos gurus da Economia.
Estes não precisam da Folhinha, porque têm acesso aos meios de
comunicação social e outros.
2 Seria de
antemão necessário descrever em duas palavras o sistema capitalista no qual nos
inserimos. Ao mencionar capitalismo, palavra tabu, alguns defensores deste tabu
começam já a vociferar: lá vem já uma cassete comunista. Lembro que o
comunismo lá para as Uniões dos Sovietes era também um capitalismo, só que não
era privado como o nosso, era de Estado, caiu redondamente de cu como os patos.
E o comunismo chinês não condiz com a psicologia do povo chinês: negociante e
empreendedor.
3 O
Capitalismo é um sistema em que quem tem dinheiro (capital) investe-o onde
farejar o maior lucro e fazer crescer o montante. Privilegia o lucro sobre
o bem estar dos seres humanos e de outros animais. Esse mesmo bem
estar das pessoas só interessa na medida em que dá lucro. Se não derem de comer
ao trabalhador, ele morre à míngua, perde a força, não produz e não dá lucro.
Portanto o detentor de capital terá de abrir os cordões à bolsa no seu próprio interesse. Como estamos na sociedade de consumo, os detentores de capitais também têm de pagar mais do que o simples necessário para a manutenção física do trabalhador, para poderem comprar os produtos e dar mais lucro. O lucro acima de tudo, e é a base do sistema.
Mas este sistema tem um grande defeito, é soberbo por natureza, glutão, precisa sempre de crescer, alimenta-se e devora mercados para viver. Quando o capital não cresce, seja, os produtos não se vendem porque as pessoas não têm dinheiro, ou porque há produção a mais, o sistema começa a ruir como uma ponte quando os alicerces se desfazem por erosão, enfraquecem e todos sabemos o que acontece à ponte. Deste modo o capitalismo também está sujeito à lei da gravidade, quando lhe falta o alicerce do crescimento, simplesmente cai.
Portanto o detentor de capital terá de abrir os cordões à bolsa no seu próprio interesse. Como estamos na sociedade de consumo, os detentores de capitais também têm de pagar mais do que o simples necessário para a manutenção física do trabalhador, para poderem comprar os produtos e dar mais lucro. O lucro acima de tudo, e é a base do sistema.
Mas este sistema tem um grande defeito, é soberbo por natureza, glutão, precisa sempre de crescer, alimenta-se e devora mercados para viver. Quando o capital não cresce, seja, os produtos não se vendem porque as pessoas não têm dinheiro, ou porque há produção a mais, o sistema começa a ruir como uma ponte quando os alicerces se desfazem por erosão, enfraquecem e todos sabemos o que acontece à ponte. Deste modo o capitalismo também está sujeito à lei da gravidade, quando lhe falta o alicerce do crescimento, simplesmente cai.
4 No caso
português, não tem havido produção e mercado suficiente para gerar impostos
colectados pelo Estado (somos todos muito patriotas e
exigimos bons serviços públicos, mas quantos de nós não tenta fugir aos
impostos?) para
pagar os seus empregados e outros gastos, por ex. em manter o país em
funcionamento:
construção de estradas, pontes, hospitais, escolas etc. Isto é só para dizer que não vamos agora acusar a administração eleita do país com todos os pecados. Fez-se muita coisa bem feita e está no país para utilização dos cidadãos e estrangeiros. Não vamos também acusar a Europa com as culpas todas, porque se não fosse o dinheiro que de lá veio para financiar praticamente tudo quanto se fez desde a adesão, Portugal estaria hoje na idade da pedra!
Pelo caminho houve muita corrupção, fugiu muito dinheiro que era destinado a modernizar a máquina produtiva, seja na agricultura ou na indústria e outros. Nisto fez falta uma inspecção rigorosa, mas era preciso captar esses subsídios e no país ficariam, caso não fossem canalizados para importações ou contas offshore. Nem Deus conhece a história toda. Todos sabemos disso, e não é preciso dizer mais por agora.
construção de estradas, pontes, hospitais, escolas etc. Isto é só para dizer que não vamos agora acusar a administração eleita do país com todos os pecados. Fez-se muita coisa bem feita e está no país para utilização dos cidadãos e estrangeiros. Não vamos também acusar a Europa com as culpas todas, porque se não fosse o dinheiro que de lá veio para financiar praticamente tudo quanto se fez desde a adesão, Portugal estaria hoje na idade da pedra!
Pelo caminho houve muita corrupção, fugiu muito dinheiro que era destinado a modernizar a máquina produtiva, seja na agricultura ou na indústria e outros. Nisto fez falta uma inspecção rigorosa, mas era preciso captar esses subsídios e no país ficariam, caso não fossem canalizados para importações ou contas offshore. Nem Deus conhece a história toda. Todos sabemos disso, e não é preciso dizer mais por agora.
5 O Euro foi
uma das maiores revoluções pacíficas do mundo onde não morreu nem sequer uma
alma. No entanto, outras revoluções deveriam ter acontecido em seguida, mas não
aconteceram. E isso tem estado a estrangular a moeda. Nem Portugal nem as
outras economias em dificuldade podem desvalorizar as suas moedas nacionais
para dar ímpeto às exportações, tal como meter mais gasolina no carro,
continuar em movimento e levar a carga ao destino.
Claro, não tendo mão sobre o Euro, Portugal está parado, e os detentores de dinheiro fogem dali para fora e vão investir por ex. na Alemanha onde dá mais lucro. Nem sequer lá gastam o dinheiro que recebem dos juros vindos dos títulos do tesouro que compraram ao Estado! Mas a saída do Euro seria muito prejudicial para Portugal e para o projecto europeu.
Claro, não tendo mão sobre o Euro, Portugal está parado, e os detentores de dinheiro fogem dali para fora e vão investir por ex. na Alemanha onde dá mais lucro. Nem sequer lá gastam o dinheiro que recebem dos juros vindos dos títulos do tesouro que compraram ao Estado! Mas a saída do Euro seria muito prejudicial para Portugal e para o projecto europeu.
6 Portanto, a
Alemanha e França como motores do projecto europeu, e os outros
países membros, se quiserem manter o projecto inteiro, de pé, em movimento, e
mostrar dignidade e respeito perante a comunidade internacional, terão quanto
mais depressa melhor, de esquecer os egoísmos e nacionalismos estreitos, e
proceder à união fiscal, direi ainda, e em voz alta, UNIÃO POLÍTICA.
Quem ficar de fora entra mais tarde, se quiser! Terão ainda de criar e desenvolver uma Língua Europeia o INGLÊS EUROPEU para não haver problemas de comunicação entre a grande família europeia. Uma grande parte de políticos europeus ainda revelam grandes dificuldades de expressão em Inglês nesta fase do campeonato.
A língua abate barreiras, fronteiras, portanto tem de haver União Linguística. Não digo Inglês britânico porque o Inglês daqui está um pouco atrofiado e carece de uma revolução fonética. Quando visitarem Londres não se preocupem se não nos entenderem, porque parece-me que cada um fala o seu idiolecto do seu getto, uma espécie de crioulo português ou portinglês, jamaico, nigeriano, indi, paquistani, espanhol sul americano, bangladeshi, árabe, you name it.
Não é o vosso Inglês que é incorrecto, é o nosso. Cada vez abrimos menos a boca ao falar e saem muitos sons abafados que não são e nunca foram britânicos. Por vezes até penso que já só se fala Inglês no Buckingham Palace – hipérbola, mas há muita verdade nisto.
Quem ficar de fora entra mais tarde, se quiser! Terão ainda de criar e desenvolver uma Língua Europeia o INGLÊS EUROPEU para não haver problemas de comunicação entre a grande família europeia. Uma grande parte de políticos europeus ainda revelam grandes dificuldades de expressão em Inglês nesta fase do campeonato.
A língua abate barreiras, fronteiras, portanto tem de haver União Linguística. Não digo Inglês britânico porque o Inglês daqui está um pouco atrofiado e carece de uma revolução fonética. Quando visitarem Londres não se preocupem se não nos entenderem, porque parece-me que cada um fala o seu idiolecto do seu getto, uma espécie de crioulo português ou portinglês, jamaico, nigeriano, indi, paquistani, espanhol sul americano, bangladeshi, árabe, you name it.
Não é o vosso Inglês que é incorrecto, é o nosso. Cada vez abrimos menos a boca ao falar e saem muitos sons abafados que não são e nunca foram britânicos. Por vezes até penso que já só se fala Inglês no Buckingham Palace – hipérbola, mas há muita verdade nisto.
7 É
imperativo barrar o caminho à especulação dos capitais, porque gostam da
desunião e começam por devorar um país de cada vez: Grécia, Irlanda, Portugal e
agora os abutres já andam a voar por cima da Itália, da Espanha, França e já se
fala que também andam a apalpar a Alemanha com ameaça de lhe reduzir o
rating para ganharem mais nos juros dos títulos.
Essas mesmas agências de rating americanas que andam a perseguir a economia europeia, nunca deram conta da pirâmide do Madoff (este apanhou mais de 100 anos de prisão. Vamos ver como vão gerir isto), do banco Lehman Brothers, da Northern Rock, e até atribuíam triple A às hipotecas americanas, as quais intoxicaram e deitaram abaixo praticamente todos bancos, e só não abriram falência porque as bancas centrais de cada país injectaram neles triliões de dólares, Euros, Pounds… (o Lehman Brothers afundou logo)
Daí vem o agravamento catastrófico das dívidas soberanas, descapitalização da banca e da instabilidade económica presente. Convém relembrar isto, porque outros eventos de diversão sobrepõem-se e fazem esquecer a origem do fenómeno.
Essas mesmas agências de rating americanas que andam a perseguir a economia europeia, nunca deram conta da pirâmide do Madoff (este apanhou mais de 100 anos de prisão. Vamos ver como vão gerir isto), do banco Lehman Brothers, da Northern Rock, e até atribuíam triple A às hipotecas americanas, as quais intoxicaram e deitaram abaixo praticamente todos bancos, e só não abriram falência porque as bancas centrais de cada país injectaram neles triliões de dólares, Euros, Pounds… (o Lehman Brothers afundou logo)
Daí vem o agravamento catastrófico das dívidas soberanas, descapitalização da banca e da instabilidade económica presente. Convém relembrar isto, porque outros eventos de diversão sobrepõem-se e fazem esquecer a origem do fenómeno.
8 A Alemanha
anda a resmungar contra os Títulos do Tesouro Europeu e diz NEIN à ideia
(European bonds), mas isto acabaria logo com a especulação e com o ataque
individual a cada país. A Alemanha está deste modo a punir os pequenos países
pela falta de rigor nas despesas dos Estados. A Folhinha acredita que a Utopia
realizável do Projecto Europeu é mais forte do que estas birrinhas de família
entre os irmãos sensatos e os irmãos gastadores, tendo estes arrombado o
mealheiro e gasto o dinheiro em rebuçados.
E agora obrigam-nos a repor 4 rebuçados por cada um que comeram: pagar juro! O tempo e a necessidade de convivência em paz familiar fará esquecer a zanga e então terão se unir contra a agressão exterior, na altura certa. Quando há dias o BCE (Banco Central Europeu) libertou uns 500 biliões de Euros surpreendeu sobretudo aqueles que até sonham com a queda do Euro. Então não há dinheiro! Há, há! Ainda há lá mais e não tardará a sair dos cofres.
E agora obrigam-nos a repor 4 rebuçados por cada um que comeram: pagar juro! O tempo e a necessidade de convivência em paz familiar fará esquecer a zanga e então terão se unir contra a agressão exterior, na altura certa. Quando há dias o BCE (Banco Central Europeu) libertou uns 500 biliões de Euros surpreendeu sobretudo aqueles que até sonham com a queda do Euro. Então não há dinheiro! Há, há! Ainda há lá mais e não tardará a sair dos cofres.
9 Caso não
avancem para a União fiscal a passos largos, seria obrigarem os pequenos
países a contraírem alianças precipitadas fora da Europa com as potências
emergentes, concorrentes e outras, trair o projecto europeu e a memória dos
pais fundadores da União, Jean Monnet e Adenauer.
Penso que nenhum político gostaria de ficar na história com o título de destruidor da Europa por lhe faltar a coragem, a estatura política e poder oratório para cativar a opinião pública e desatar o nó que trava o progresso da União. Acrescento que este projecto de UNIÃO tem por finalidade misturar as economias e os povos para não entrarmos em mais guerras com todo o seu corolário monstruoso, destruidor de vidas, de propriedade e causador de grande sofrimento.
A PACIFICAÇÃO DA EUROPA é a motivação suprema, o grande pilar e motor da construção europeia. Todo o resto é uma questão de procedimento, de método para atingir o objectivo. Jean Monnet, antes de nos deixar, expressou o sentimento de que teria sido melhor ter começado o projecto europeu pela União Cultural e não económica. A crise actual revela que este grande visionário tinha razão. A ideia inicial era que a União económica iria gerar por acréscimo a União Cultural e a grande amizade entre as nações irmãs, as quais têm infelizmente um historial de conflitos graves bem descritos pelos historiadores.
Penso que nenhum político gostaria de ficar na história com o título de destruidor da Europa por lhe faltar a coragem, a estatura política e poder oratório para cativar a opinião pública e desatar o nó que trava o progresso da União. Acrescento que este projecto de UNIÃO tem por finalidade misturar as economias e os povos para não entrarmos em mais guerras com todo o seu corolário monstruoso, destruidor de vidas, de propriedade e causador de grande sofrimento.
A PACIFICAÇÃO DA EUROPA é a motivação suprema, o grande pilar e motor da construção europeia. Todo o resto é uma questão de procedimento, de método para atingir o objectivo. Jean Monnet, antes de nos deixar, expressou o sentimento de que teria sido melhor ter começado o projecto europeu pela União Cultural e não económica. A crise actual revela que este grande visionário tinha razão. A ideia inicial era que a União económica iria gerar por acréscimo a União Cultural e a grande amizade entre as nações irmãs, as quais têm infelizmente um historial de conflitos graves bem descritos pelos historiadores.
10 A
abertura económica e tecnológica, sem visão estratégica, dos países pequenos a
outras potências seria uma porta de entrada em força no mercado europeu, e
contra os interesses de países como por ex. a França e a Alemanha. Este mês a
Saab Sueca fechou as portas porque a General Motors vetou a venda da
mesma à China para lhe impedir o acesso à tecnologia de ponta.
Nos anos trinta houve na América um lobby tão forte em favor de Hitler e outro isolacionista (America First) ao ponto do Presidente Roosevelt nunca ter conseguido convencer o Senado a declarar guerra contra a Alemanha Nazi. Entrou na guerra porque o Japão atacou a América e deste modo entrou automaticamente em guerra contra todas as nações aliadas do Japão. Só que os nazis já estavam a minar a América Latina, e os USA corriam o risco de perder esses mercados. (Saliente-se que a Alemanha e o Japão são hoje forças de bem, países democráticos, modernos e respeitados). Portanto, é preciso analizar a estratégia dos países exteriores à União e ver se vêm por bem ou se é para nos minar por dentro e lixar mais tarde: a quinta coluna ou o cavalo de tróia para os aficionados.
Nos anos trinta houve na América um lobby tão forte em favor de Hitler e outro isolacionista (America First) ao ponto do Presidente Roosevelt nunca ter conseguido convencer o Senado a declarar guerra contra a Alemanha Nazi. Entrou na guerra porque o Japão atacou a América e deste modo entrou automaticamente em guerra contra todas as nações aliadas do Japão. Só que os nazis já estavam a minar a América Latina, e os USA corriam o risco de perder esses mercados. (Saliente-se que a Alemanha e o Japão são hoje forças de bem, países democráticos, modernos e respeitados). Portanto, é preciso analizar a estratégia dos países exteriores à União e ver se vêm por bem ou se é para nos minar por dentro e lixar mais tarde: a quinta coluna ou o cavalo de tróia para os aficionados.
11 As guerras
modernas em países modernos não ocorrem a tiro de canhão, porque ficaria tudo
reduzido a pó numa fracção de segundo, é uma guerra entre economias,
tecnológica, virtual, onde os hackers profissionais estão já ao serviço. Quando
a França se riu da economia britânica dizendo que ainda estava pior do que a
Francesa, a Inglaterra respondeu logo com um plano de evacuação dos seus
cidadãos em caso de colapso do Euro, como se se tratasse da explosão de uma
bomba atómica.
Isto foi só para mostrar que em especulação os Ingleses ainda têm mais imaginação do que os Franceses. Os expats britânicos a viver na Europa riram à gargalhada desse plano. Como se eles precisassem desse tipo de ajuda do Governo Inglês! A Folhinha não se vai alargar muito em especulação geopolítica sobre um mundo em ebulição, quando presentemente os estrategas tentam, como no passado, ganhar o máximo de influência no mundo na conquista de mercados e de matérias primas.
Isto foi só para mostrar que em especulação os Ingleses ainda têm mais imaginação do que os Franceses. Os expats britânicos a viver na Europa riram à gargalhada desse plano. Como se eles precisassem desse tipo de ajuda do Governo Inglês! A Folhinha não se vai alargar muito em especulação geopolítica sobre um mundo em ebulição, quando presentemente os estrategas tentam, como no passado, ganhar o máximo de influência no mundo na conquista de mercados e de matérias primas.
12 Por
exemplo, os Franceses e os Ingleses mostraram claramente à Rússia e à China, na
operação da Líbia, que os países da África do Norte estão perto de mais
da Europa para lhes fugirem da esfera de influência. A África
Francesa sempre teve ligações económicas e políticas muito fortes com a França,
e a Légion Étrangère vai ajudando… Quanto aos Portugueses, estes lutaram
tanto em Angola e outros lados para depois entregaram tudo de bandeja à União
Soviética, incluindo Timor Leste por intermédio da Fretilim. Só que a América
não gostou da brincadeira e encomendou logo a missa ao Sukharto. Conhecemos as
consequências. Vamos agora ver até que ponto os Portugueses conseguem
contrabalançar a influência da China em Angola, com quem temos muito mais
afinidades do que os chineses, mas deve tudo assentar em respeito e interesse
mútuo.
13 Quanto à
Inglaterra (não digo Reino Unido porque a Escócia não tardará a plebiscitar (em 2014) a
população sobre a saída do Reino Unido), seria melhor ficar de fora e até nunca
deveria ter entrado. A Inglaterra sabia bem e sabe que o projecto europeu tem
por objectivo atingir a UNIÃO POLÍTICA. A Inglaterra nunca quis e não quer
união política, então por que razão aderiu à União Europeia? Simples: só para
beneficiar do mercado e fazer descarrilar o processo. Sejam quais forem os
métodos de sabotagem, e estes não faltarão, a unificação europeia é um comboio
a grande velocidade sem marcha atrás. Ao usar do veto em Dezembro 2011, O PM
britânico exigia o direito de veto sobre
vários tópicos, porque o direito ao veto tem os dias contados, e será apenas necessário uma maioria não qualificada.
14 Em suma, D. Cameron queria assegurar vetos futuros para
continuar a brincar e a destabilizar a Europa. É óbvio que os outros membros até
pensavam que ele estava a brincar, mas o gentleman estava mesmo a falar a sério! Depois quando ele estendeu a
mão para se despedir do Presidente Francês Sarkozy, este voltou a cara para o
lado e deveria ter murmurado: “vá te faire foutre Con... !” A chancellor Ângela desataria a rir à gargalhada se o Francês Nicholas
lhe tivesse dito ao ouvido que se não
fossem os Rolls Royces e Vauxhalls alemães, a Peugeot e a Renault a rolar no
Reino Unido, os Ingleses andariam todos em riquexós com kangaroos a dar ao pedal, e em carroças
puxadas por vacas loucas, lol! E se a PM Alemã dissesse ao Francês que a
Deutshe Bank é um dos pilares da City e a jogar forte em Liverpool Street,
então o Nicholas até rebentava a rir. De qualquer dos modos, nenhum político realista,
incluindo o PM britânico, acredita na probabilidade de deitarem abaixo mais de
meio século de construção europeia.
15 A
própria city, também conhecida por square mile, milha quadrada (bairro da alta finança em
Londres) não gostou do veto do PM Cameron, receiam isolamento, e há quem diga
que a city não mandatou Cameron para os defender. E os mesmos dizem que o veto
de Cameron contra a União fiscal não defende a city. Diga-se de passagem que o
Partido Tory de Cameron é financiado pela alta finança da square mile. Então o
veto teria sido mesmo para proteger os interesses da praça financeira ou
para fins geopolíticos e secretos?
Eles sabem que na aldeia global nenhum país com a estatura da Inglaterra terá qualquer influência no mundo se não pertencer a um bloco. Então devem já estar noutro bloco, e por isso recusam o bloco europeu. Se não tivessem tido a ajuda que tiveram dos USA durante a guerra das Malvinas, a Task Force Britância poderia ter voltado para casa em barcos de salvação e humilhados. Muitas vidas perdidas dos dois lados. E o Videla argentino, ajudado pela "inteligência" soviética, teria ficado no poder por mais algum tempo e teria chacinado ainda mais uns milhares de Argentinos! Bem, também não sei porque razão a Argentina reclama estas ilhas. Só porque estão mais perto da Argentina? O que é que a distância tem a ver com a soberania?
Eles sabem que na aldeia global nenhum país com a estatura da Inglaterra terá qualquer influência no mundo se não pertencer a um bloco. Então devem já estar noutro bloco, e por isso recusam o bloco europeu. Se não tivessem tido a ajuda que tiveram dos USA durante a guerra das Malvinas, a Task Force Britância poderia ter voltado para casa em barcos de salvação e humilhados. Muitas vidas perdidas dos dois lados. E o Videla argentino, ajudado pela "inteligência" soviética, teria ficado no poder por mais algum tempo e teria chacinado ainda mais uns milhares de Argentinos! Bem, também não sei porque razão a Argentina reclama estas ilhas. Só porque estão mais perto da Argentina? O que é que a distância tem a ver com a soberania?
16 Por
agora a Inglaterra está fora, e está bem assim, não faz falta nenhuma na
União embora haja quem diga o contrário só para parecer bem e acalmar os
ânimos. Este afastamento notou-se também no facto de a Rainha de Inglaterra,
Elisabeth II, na sua mensagem de Natal 2011 falou da Organização do
Commonwealth mas nem sequer mencionou a Europa! "In this past year my family and I have been inspired by the courage
and hope we have seen in so many ways in Britain, in the Commonwealth and
around the world. Junte-se a
esta volta pelo mundo, mas não pela Europa, a retórica inflamatória, vitriólica
e propaganda simplista anti-Europa da imprensa britânica,
nomeadamente, O Evening Standard, o Daily “Torygraph” o Daily Mail,
o Sun, o Times... Estes dois últimos pertencem ao grupo Murdoch das
vergonhosas escutas telefónicas, o qual manipula a opinião pública Inglesa
quando ele é Australiano com passaporte US.
Parece que ainda estão na época das guerras napoleónicas! O sentimento anti-europeu é tão profundo na população ao ponto de sugerir que esta gente saiu toda dos laboratórios do Admirável Mundo Novo de A. Huxley. Portanto, a Folhinha pensa que a Inglaterra não deveria ter assento na União Europeia, e o Presidente Charles De Gaule também nunca teve opinião diferente. Porém, se algum dia este país abandonar a União, os imigrantes portugueses e outros devem ficar tranquilos porque a Inglaterra é um país democrático, respeitador e sapiente: quem cá está cá continua, absolutamente na mesma e sem ser inquietado por ninguém. Os migrantes europeus fazem falta no Reino Unido, e ainda nunca ouvi nenhum político Inglês a pôr em causa a liberdade de circulação dos trabalhadores da União Europeia. Têm pelo menos esse mérito.
Parece que ainda estão na época das guerras napoleónicas! O sentimento anti-europeu é tão profundo na população ao ponto de sugerir que esta gente saiu toda dos laboratórios do Admirável Mundo Novo de A. Huxley. Portanto, a Folhinha pensa que a Inglaterra não deveria ter assento na União Europeia, e o Presidente Charles De Gaule também nunca teve opinião diferente. Porém, se algum dia este país abandonar a União, os imigrantes portugueses e outros devem ficar tranquilos porque a Inglaterra é um país democrático, respeitador e sapiente: quem cá está cá continua, absolutamente na mesma e sem ser inquietado por ninguém. Os migrantes europeus fazem falta no Reino Unido, e ainda nunca ouvi nenhum político Inglês a pôr em causa a liberdade de circulação dos trabalhadores da União Europeia. Têm pelo menos esse mérito.
17 Quanto ao
convite à imigração feito pelo Primeiro Ministro Passos Coelho, uns dizem que é
uma atitude derrotista e outros dizem que se mostrou realista. A Folhinha não
comenta. Porém, a imigração que nos anos 60 fugiu à fome de Portugal e ao
trabalho mal remunerado, nunca tiveram voz para se queixarem nem sequer
lha davam. Ficaram caladinhos.
O País era como um campo de concentração, mas as pessoas fugiam para França e até chegavam a demorar um mês para chegar ao destino. Partes do percurso era feito a pé de noite pelas montanhas, para não serem apanhados pela guarda civil espanhola e devolvidos às autoridades de Portugal. O regime salazarista corria atrás destas pessoas como cães de caça para os impedir de sair do País. Não conseguiram reter o pessoal, e aquando da revolução do 25 de Abril de 1974, já tinha fugido tudo, apenas ficaram os privilegiados do regime e pouco mais. Reconheceram depois que a imigração fora boa para quem ficou, para a maioria que partiu e para o país.
O País era como um campo de concentração, mas as pessoas fugiam para França e até chegavam a demorar um mês para chegar ao destino. Partes do percurso era feito a pé de noite pelas montanhas, para não serem apanhados pela guarda civil espanhola e devolvidos às autoridades de Portugal. O regime salazarista corria atrás destas pessoas como cães de caça para os impedir de sair do País. Não conseguiram reter o pessoal, e aquando da revolução do 25 de Abril de 1974, já tinha fugido tudo, apenas ficaram os privilegiados do regime e pouco mais. Reconheceram depois que a imigração fora boa para quem ficou, para a maioria que partiu e para o país.
18 Tudo
indica que este novo fluxo migratório se compõe de pessoas com formação
académica ou outras, mas qualificada. E quem não se qualificou, certamente que
esbanjou as oportunidades porque Portugal fez muito neste sentido. Mesmo
que tivessem só tirado o 9º ano, já é um bom patamar educativo de partida. Quem
não tirou isto falhou redondamente, seja qual for a razão, mas falhou e isto é
o mínimo exigido para lançamento na vida e cidadania, caso abra os olhos e
compreenda como funciona o mundo que o rodeia.
A Folhinha não incita ninguém a imigrar nem a não imigrar, tem de ser um acto voluntário. Todavia, a Folhinha segue a corrente de pensamento que advoga que todo o cidadão português deveria passar pelo menos um ano no estrangeiro na vida activa, a fim de abrir horizontes espaciais, temporais e mentais. Isto seria uma vacina contra a insularidade atrofiada, uma mais valia para o currículo pessoal e bom para o país.
A Folhinha não incita ninguém a imigrar nem a não imigrar, tem de ser um acto voluntário. Todavia, a Folhinha segue a corrente de pensamento que advoga que todo o cidadão português deveria passar pelo menos um ano no estrangeiro na vida activa, a fim de abrir horizontes espaciais, temporais e mentais. Isto seria uma vacina contra a insularidade atrofiada, uma mais valia para o currículo pessoal e bom para o país.
19 Tivemos no
passado uma imigração com grandes carências educacionais, sofreram e sofrem
muito com isso. Presentemente as novas gerações têm formações, falam línguas
estrangeiras ou têm grandes capacidades para aprenderem. Nem ninguém as impede
de sair do país nem de arranjar emprego num país da União! No entanto
queixam-se porque sabem-se expressar e têm acesso à comunicação. Esta
classe não saía muito do país, era privilegiada, vivia bem, mas agora com
o país em crise também não há pão para esta gente e sentem-se revoltados,
porque ou saem ou vão entrar em dificuldades. Não têm muitas opções senão
meterem-se à viagem, e isso implica sempre aventura, dúvidas, insegurança, o sofrimento do afastamento das
famílias, dos amigos e de lugares que conhecem e gostam.
20 A Folhinha
termina com uma nota positiva e de esperança. Portugal precisa de políticos
carismáticos, inspiradores e capazes de mobilizar a população em torno de um
Projecto de Salvação Nacional no qual as pessoas acreditem. Para isso é
preciso honestidade, coragem política e grande poder de comunicação. A situação
do país é catastrófica e é preciso recorrer a mensagens fortes, convincentes e
honestas.
Antes de tudo é imperativo proceder à limpeza da casa Portugal, seja, banir a corrupção e reavaliar certos salários, reformas e outros privilégios que acorrentam o país. Propõe-se que o subsídio de desemprego seja reduzido para o rendimento de reinserção social para todos os desempregados, mas atribuído por um período indeterminado, desde que provem que andam genuinamente à procura de emprego. Terão ainda assistência na renda da habitação e auxílio básico e suficiente para as crianças. Isto porque se as pessoas não têm o suficiente para sobreviverem, ninguém as consegue mobilizar para nada. Em seguida, desenvolver um grande projecto educacional e de requalificação da população.
Antes de tudo é imperativo proceder à limpeza da casa Portugal, seja, banir a corrupção e reavaliar certos salários, reformas e outros privilégios que acorrentam o país. Propõe-se que o subsídio de desemprego seja reduzido para o rendimento de reinserção social para todos os desempregados, mas atribuído por um período indeterminado, desde que provem que andam genuinamente à procura de emprego. Terão ainda assistência na renda da habitação e auxílio básico e suficiente para as crianças. Isto porque se as pessoas não têm o suficiente para sobreviverem, ninguém as consegue mobilizar para nada. Em seguida, desenvolver um grande projecto educacional e de requalificação da população.
21 O projecto
educacional não só desenvolve novas aptidões na população, uma mais valia de
grande utilidade e prazer para as pessoas e para o país, mas também dá
esperança, ocupa as formandas/os e as formadoras/es. Neste projecto
convém utilizar o tecido associativo para provisão destes serviços de formação,
porque são outlets de proximidade e também diminui a índole formal das
escolas.
Seria importante que os nossos políticos lessem um simples resumo do New Deal do Presidente Roosevelt nos anos 30. Com isto não conseguiu relançar a economia, porque esta parece ter os caprichos da chuva, cai quando quer, mas deu esperança, ocupou as pessoas, pôs tudo em movimento com um projecto de renovação de infra-estruturas, financiou as artes… Foi porém uma fase muito difícil para muita gente.
Seria importante que os nossos políticos lessem um simples resumo do New Deal do Presidente Roosevelt nos anos 30. Com isto não conseguiu relançar a economia, porque esta parece ter os caprichos da chuva, cai quando quer, mas deu esperança, ocupou as pessoas, pôs tudo em movimento com um projecto de renovação de infra-estruturas, financiou as artes… Foi porém uma fase muito difícil para muita gente.
22 Last but
not least, lembremo-nos de que Portugal já existia antes de 1143, embora
com outro nome, existiu até agora e continuará a existir no futuro.
Ultrapassará esta fase complicada. Seria todavia no interesse de Portugal
continuar na zona Euro, mas com novas regras, e sempre aberto ao mundo,
especialmente aos países Lusófonos, como é a nossa vocação, tradição e
interesse.
PS:
William Hague, membro do núcleo duro da
tribo “thatcherite jingo” dos eurocépticos, e ministro UK dos negócios estrangeiros, disse o
seguinte no programa televisivo de Andre Marr:
Mr Hague said that greater integration would be needed
to make the euro work.
"It does require closer
fiscal integration, it does require closer political integration - it can't
work without that," he said.
"When Germany is in a
currency like that it imposes on the others Germanic discipline if they are
going to be able to stay in it for the long term. In BBC News, 19 Feb
2012.
A FOLHINHA pede
a estes copycats que tenham a humildade de revelar a FOLHINHA DE STOCKWELL como
think tank e fonte de inspiração. Lol. Não é preciso passar por Harvard para descobrir
que o problema do Euro reside na falta de UNIÃO FISCAL E POLÍTICA. Os USA têm regiões pobres e isso não
atrai ataques ao Dollar. Todavia, atraiu
a oferta de ajuda do Presidente da Venezuela, Hugo Chaves, ao pobres de Luisiana quando devastada pelo
furacão Katrina.