FOLHINHA 63
15 November 2012 Last updated at 00:29 bbc news
Jose Mujica: The world's 'poorest' president
Uruguay: O Presidente mais pobre do mundo.
Entrega 90 por cento do salário às organizações
de caridade e vive de uns 500 euros mensais para ele e esposa. Mora numa horta,
tem uma cadelinha que responde pelo nome Manuela, e viaja num carocha.
Enqunto os políticos portugueses não derem o
exemplo que eles próprios também são afectados pela crise, reduzindo os salários deles para metade ou
menos de metade, ninguém vai embarcar no programa deles de redução dos salários
e de financiamento dos serviços públicos.
Podem contar com a indignação e desrespeito
popular. Mas a Folhinha levanta questões e desconfia da revolta popular contra
o governo. Quem estará por detrás a manipular o povo? Diga-se de passagem que a
Fohinha é independente e não tem partido político: assim pode falar à vontade e
dizer o que pensa ser certo, mas não quer dizer que esteja certo.
A folhinha
desconfia porque a classe operária nunca teve tratamento justo em Portugal
desde 1143. Nunca na história do país
houve tanto descontentamento e dramatização das condições de vida dos cidadãos
nos meios de informação, nomeadamente na televisão. A razão é simples: a crise
morde a agora na classe média, burguesa e académica.
É esta classe que se move
pelos meios de comunicação social e outros. É esta classe que estava bem
instalada e gozava de bem-estar em Portugal. Agora mostram revolta e indignação
porque também não há pão para eles em Portugal e têm de imigrar para
sobreviver! Esta classe nunca tinha tido necessidade de sair do país.
Todos nós sabemos que quem imigrava era a classe
operária. Só nos anos 60 quase nenhum trabalhador ficou em Portugal: as aldeias
esvaziaram-se, fugiam sobretudo para França, mas também para outros países prósperos
e com um sistema social humano, como por exemplo o Luxemburgo, Suíça, Bélgica e
Alemanha (para aqui era mais complicado porque era preciso uma carta de chamada
e era destino sobretudo para ex-militares do contingente regressados da guerra
colonial.
Para os nostálgico de Salazar, gostaria de lembrar
que os imigrantes da época de 60 tinham de fugir de Portugal, porque o governo
de Salazar não lhes dava passaportes. Portugal era como um campo de concentração onde mantinham uma mão de obra faminta, dócil, paga com salários de fome. O trabalho, mito muscular, mais se parecia com o trabalho forçado dos prisioneiros de Acatraz. Se fossem apanhados em Espanha de
passagem para França, a Guarda Civil prendiam-nos e faziam-nos voltar para
Portugal (muita grácias senhoríssimo caudillíssimo generalíssimo Franquíssimo,
FCUK. Os favores e apoio Salazaríssimo a Franco durante a guerra civil em
Espanha tiveram o seu preço contra o povo português. It sucks!
A classe trabalhadora portuguesa sempre imigrou
e sofreu muito devido ao baixo nível escolar e económico. Muito desse
sofrimento nunca será contado, e em certos casos ninguém abre a boca por
vergonha. Mas as situações caricatas não são vergonha nenhuma para essas
pessoas, a vergonha é sim para os governos de Portugal que fazia todo o
possível para manter as massas populares na ignorância. O povo português devia levar o governo português a tribunal e acusá-lo
de negligência, falta de protecção e sei lá que mais! Isto seria um bom
processo para o Juiz Balatazar Garzon.
As crianças portuguesas em vez de irem à
escola, começavam a guardar gado aos 10 anos! Não é isto crime de exploração
infantil? E sabem que mais? É esta geração analfabeta ou meia analfabeta que
diz que devia aparecer outro Salazar para endireitar o país! E dizem que
Salazer não lhes fez mal nenhum! Vejam bem como Salazar e Marcelos, conseguiram
limpar toda a matéria cinzenta dos crânios desta geração, perdida, aquilo está
oco!
Com isto tudo, eu queria apenas chegar ao facto
de nem as televisões nem os jornais portugueses contavam, dramatizavam ou
choravam pelo sofrimento das classes trabalhadoras na imigração. A classe privilegiada
nunca se comoveu nem comove com a má sorte da classe operária. Eles sempre
viram a classe trabalhadora como animais de carga igual ao burro, ali mesmo à
mão de semear para explorar, e pelas quais têm mostrado desprezo e ódio.
Cuidado, porque a história tem mostrado a
hipocrisia desta classe: a burguesia
sempre que está em apuros, ela pede apoio ao povo. Mas assim que tem os seus
problemas resolvidos, eles largam logo o povo de mão, e dão-lhe nas trombas se for preciso para se estarem quietos e calarem a boca. Um bom exemplo disto aconteceu
aquando da Revolução dos Cravos: o povo aderiu e participou em cheio com alma e
corpo em apoio aos militares, em
campanhas de alfabetização pelas aldeias, cooperativas de todo o género, nas
fábricas, nos campos a fim de edificarem uma sociedade nova, democrática, instruída e igualitária.
Mas quando o movimento dos capitães resolveu a
questão colonial, porque era isso o que eles queriam, a REVOLUÇÃO TERMINOU
AQUI. Não houve mais revolução para ninguém, e depois ao abrigo de uma
democracia em que as massas não tinham conhecimentos suficientes para exigirem
direitos democráticos, aquilo degenerou em pseudo-democracia, na qual mais ou
menos os mesmos vampiros do Estado de
Portugal do passado, ou seus descendentes, começaram a navegar às mil
maravilhas com os mesmos vícios de vampiros do povo e do Estado de Portugal.
Para concluir e convidar a lerem o artigo em
inglês sobre o Presidente do Uruguay, direi que nenhum governo português
conseguirá purificar o Estado de Portugal, porque os lobbies e interesses dessa
alta classe parasitária de alto voo são muito poderosos e deitarão abaixo todo
o governo que lhe meta as mão nos bolsos.
Só uma task force de auditores por altos funcionários
europeus conseguirá fazer essa limpeza necessária do Estado Português e Empresas Privadas Mamíferas.
Mas a Folhinha aconselha estes auditores a terem muito cuidado e a trabalharem
com alta segurança. Gostaria de saber que detergente irão utilizar para
derreter gorduras acumuladas durantes séculos. Quem não se mete nisso sou eu.
Já fugi daí para fora há dezenas de anos e deixei-vos lá no atoleiro.
Se não
estás contente pôe-te também a mexer porque aí não tens futuro a menos que
adiras aos Templários anacrónicos ou à Confraria dos assentadores de Tijolo Massiço. Pelo menos estes constroem, enquanto que os outros não têm conseguido estancar o desmoronamento do Templo. Boa sorte, meu.
Este
artigo foi automaticamente escrito pelo computador segundo instruções dadas
pela Folhinha, e poderá por vezes ter mal interpretado a minha dicção. O texto está por isso sujeito
a correcções em certas alturas.
By Vladimir Hernandez BBC
Mundo, Montevideo
It's a common grumble that
politicians' lifestyles are far removed from those of their electorate. Not so
in Uruguay. Meet the president - who lives on a ramshackle farm and gives away
most of his pay.
Laundry is strung outside the
house. The water comes from a well in a yard, overgrown with weeds. Only two
police officers and Manuela, a three-legged dog, keep watch outside.
This is the residence of the
president of Uruguay, Jose Mujica, whose lifestyle clearly differs sharply from
that of most other world leaders.
President Mujica has shunned the
luxurious house that the Uruguayan state provides for its leaders and opted to
stay at his wife's farmhouse, off a dirt road outside the capital, Montevideo.
The president and his wife work
the land themselves, growing flowers.
This austere lifestyle - and the
fact that Mujica donates about 90% of his monthly salary, equivalent to $12,000
(£7,500), to charity - has led him to be labelled the poorest president in the
world.

"I may appear to be an
eccentric old man... But this is a free choice."
"I've lived like this most
of my life," he says, sitting on an old chair in his garden, using a
cushion favoured by Manuela the dog.
"I can live well with what I
have."
His charitable donations - which
benefit poor people and small entrepreneurs - mean his salary is roughly in
line with the average Uruguayan income of $775 (£485) a month.

In 2010, his annual personal
wealth declaration - mandatory for officials in Uruguay - was $1,800 (£1,100),
the value of his 1987 Volkswagen Beetle.
This year, he added half of his
wife's assets - land, tractors and a house - reaching $215,000 (£135,000).
That's still only about
two-thirds of Vice-President Danilo Astori's declared wealth, and a third of
the figure declared by Mujica's predecessor as president, Tabare Vasquez.
Elected in 2009, Mujica spent the
1960s and 1970s as part of the Uruguayan guerrilla Tupamaros, a leftist armed
group inspired by the Cuban revolution.
He was shot six times and spent
14 years in jail. Most of his detention was spent in harsh conditions and
isolation, until he was freed in 1985 when Uruguay returned to democracy.
Those years in jail, Mujica says,
helped shape his outlook on life.
Tupamaros:
Guerrillas to government

- Left-wing guerrilla group formed initially from poor sugar cane workers and students
- Named after Inca king Tupac Amaru
- Key tactic was political kidnapping - UK ambassador Geoffrey Jackson held for eight months in 1971
- Crushed after 1973 coup led by President Juan Maria Bordaberry
- Mujica was one of many rebels jailed, spending 14 years behind bars - until constitutional government returned in 1985
- He played key role in transforming Tupamaros into a legitimate political party, which joined the Frente Amplio (broad front) coalition
"I'm called 'the poorest
president', but I don't feel poor. Poor people are those who only work to try
to keep an expensive lifestyle, and always want more and more," he says.
"This is a matter of
freedom. If you don't have many possessions then you don't need to work all
your life like a slave to sustain them, and therefore you have more time for
yourself," he says.
"I may appear to be an
eccentric old man... But this is a free choice."
The Uruguayan leader made a
similar point when he addressed the Rio+20 summit in June this year:
"We've been talking all afternoon about sustainable development. To get
the masses out of poverty.
"But what are we thinking?
Do we want the model of development and consumption of the rich countries? I
ask you now: what would happen to this planet if Indians would have the same
proportion of cars per household than Germans? How much oxygen would we have
left?
"Does this planet have
enough resources so seven or eight billion can have the same level of
consumption and waste that today is seen in rich societies? It is this level of
hyper-consumption that is harming our planet."
Mujica accuses most world leaders
of having a "blind obsession to achieve growth with consumption, as if the
contrary would mean the end of the world".

But however large the gulf
between the vegetarian Mujica and these other leaders, he is no more immune
than they are to the ups and downs of political life.
"Many sympathise with
President Mujica because of how he lives. But this does not stop him for being
criticised for how the government is doing," says Ignacio Zuasnabar, a
Uruguayan pollster.
The Uruguayan opposition says the
country's recent economic prosperity has not resulted in better public services
in health and education, and for the first time since Mujica's election in 2009
his popularity has fallen below 50%.
This year he has also been under
fire because of two controversial moves. Uruguay's Congress recently passed a
bill which legalised abortions for pregnancies up to 12 weeks. Unlike his
predecessor, Mujica did not veto it.

He is also supporting a debate on
the legalisation of the consumption of cannabis, in a bill that would also give
the state the monopoly over its trade.
"Consumption of cannabis is
not the most worrying thing, drug-dealing is the real problem," he says.
However, he doesn't have to worry
too much about his popularity rating - Uruguayan law means he is not allowed to
seek re-election in 2014. Also, at 77, he is likely to retire from politics
altogether before long.
When he does, he will be eligible
for a state pension - and unlike some other former presidents, he may not find
the drop in income too hard to get used to.
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